Depois conta a história de um garoto chamado Jamie Conklin, que consegue ver mortos (não como o menino do clássico de O Sexto Sentido, com Bruce Willis). O livro contém uma boa dose de mistério, uma pitada de romance policial e uma colher cheia de sobrenatural horripilante como marca registrada do escritor. Além disso, os mortos não podem mentir para ele, o que torna tudo muito mais aterrorizante para o garoto e, certamente, mais interessante para o leitor.
O novo livro de Stephen King me pegou de surpresa por ser um tanto diferente do estilo habitual do Mestre do Horror. Diferente dos renomados clássicos do autor, Depois é um livro de rápida leitura, com menos de 200 páginas. Porém, King mantém sua forma única de escrita, contando uma história super instigante e que nos cativa a cada capítulo.
A obra trás não somente a ideia principal do menino — que vê mortos e resolve crimes -, mas também o peso de um relacionamento lésbico e abusivo vivido pela mãe dele. Também nos mostra como Jamie passa pela transição da infância para a fase adulta, descobrindo que depois as coisas mudam.
“Agora (depois!) vejo que faz sentido simbolicamente. Se temos livre arbítrio, o mal precisa ser convidado para entrar.” — Jamie Conklin
A proposta da editora e do livro é de ser rápido como os clássicos vendidos em bancas de revista que existiam nas décadas de 60 e 70. Isso trouxe um lado bom, e também um lado não tão bom. A maioria das histórias de King são super profundas, com enredo gigantesco e um passado penetrante, o que pode causar certo desconforto para leitores acostumados com obras do naipe de It, a coisa (de quase 700 páginas). Para mim, particularmente, não foi um problema, já que o mestre soube fazer magistralmente sem deixar a desejar. A propósito, só para deixar registrado: a história nos dá um final digno de “explodir cabeças”, que vai deixar o leitor pensando por horas a fio.
Depois é envolvente, divertido, cativante e repleto de sobrenatural, causando um verdadeiro mix de emoções e sensações escritas, mas que não chega a ser horripilante… pode ser lido até por quem não gosta do gênero “a la King”.
Muito bom! Sou medrosa demais pra ler os livros do Stephen, mas esse até que eu arriscaria…
Muito bom!
Sou fã do Mestre do horror e essa resenha me deixou ainda mais ansiosa para começar logo essa leitura. King não decepciona!